As técnicas de conservação do corpo humano são usadas para retardar o processo de decomposição. Com o passar dos anos e o avanço da ciência, esses métodos ganharam melhorias, adequando-se à realidade e às mudanças do mundo atual no ramo funerário.
E, ao contrário do que se pensa, atualmente o mercado dispõe de diversas formas de tratamento que auxiliam na durabilidade, manuseio e preparação, que visam amenizar as transformações próprias do corpo. Assim, é possível transmitir o mais próximo do que se era ainda em vida, uma vez que ficará na memória a última imagem.
HISTÓRIA
Após a morte, a população do Egito Antigo tinha seus corpos preparados para alcançar séculos de conservação. As técnicas e os propósitos daquela época eram bem diferentes do que se objetiva atualmente e variavam de acordo com a classe social e os costumes de cada um.
Estudos revelam que o método mais comum para a preservação do corpo após a morte era o uso do natrão – uma mistura de diversos sais, tais como cloreto de sódio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio e sulfato de sódio. A alcalinidade presente combatia a proliferação de bactérias e ajudava na desidratação. O clima seco do Egito também contribuiu, uma vez que a umidade acelera a decomposição.
Formolização
A formolização consiste no ato de injetar formol por meio da artéria com o intuito de conservar o corpo humano temporariamente. É um método antigo que requer atenção na cor da pele do ente querido e na quantidade de formol a ser aplicado, visto que, se administrado na medida errada, a tonalidade da pele pode sofrer reações diferentes do esperado.
Embalsamamento
Embora seja uma técnica antiga aplicada pelos antigos egípcios para a conservação do corpo, o embalsamamento continua a ser usado nos dias atuais, porém com algumas mudanças.
Antigamente, era normal a retirada de todos os órgãos, com exceção do coração. Hoje, a técnica busca preservar toda a matéria. Em um tanatório adequado, o sangue é retirado por um equipamento específico, drenando de 60% a 70% da sua totalidade sendo complementado por um composto químico. Além de preservar os órgãos e atuar na eliminação das bactérias, essa solução torna os órgãos aptos para a realização do velório.
Após a aplicação da substância, pode ser feita a restauração necrofacial para “arrumar” possíveis falhas, tais como pessoas que vieram a óbito devido a morte violenta ou outras questões que podem chocar os familiares.
O embalsamamento deve ocorrer preferivelmente nas primeiras 12 horas após a morte. Caso contrário, o sangue pode coagular, dificultando a aplicação do formol, que precisa passar pelas artérias.
Embalsamar não é obrigatório no Brasil, exceto para:
- Transportes aéreos nacionais e internacionais.
- Transportes terrestres com mais de 500 km.
Tanatopraxia
A tanatopraxia é a evolução do processo do embalsamamento. O nome vem do grego Thánatos, considerado o Deus da Morte, de acordo com a mitologia grega. Hoje, é o procedimento mais moderno existente e tornou-se o principal método para homenagens fúnebres e translados, além de manter a segurança em termos de saúde pública. A tanatopraxia impede que líquidos vazem do corpo, que contribuem para a disseminação de doenças.
A técnica consiste em acrescentar ao sangue da pessoa por uma mistura química que é inserida no sistema arterial por meio de uma bomba injetora.
Este método permite uma completa desinfecção e conservação do corpo. Além disso, não há a necessidade de abrir cavidades para a remoção de órgãos e vísceras. O objetivo consiste no tratamento de restauração e cosmética, devolvendo o máximo possível da aparência natural.
Vantagens da tanatopraxia
- Não há contágio de doenças.
- Inexistência de odores.
- Não derramamento de líquidos.
- Recupera-se a cor natural e a aparência.
- Pode-se alongar o período de velório.
- Evita inchaços.
- Não contaminação do solo.
- Facilita transladações em caso de viagem.